Protocolo Simples de Fotogrametria para Crânios

Nesta seção será abordado o protocolo de digitalização de crânios, de modo que o usuário possa fazê-lo da forma mais prática e ao mesmo tempo compreender os conceitos envolvidos.

Como Fazer as Fotos do Crânio

Uma forma prática de fazer as fotos é escolher um cenário monocromático ou com fundo infinito.

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Crânio colocado sobre a folha com as medidas de referência.

Se o crânio conta com mandíbula é uma boa ideia encaixá-la e pousar as estruturas cuidadosamente sobre a superfície. Na figura 1 (Fig. 1) o crânio foi colocado sobre um papel A3 com uma série de referências para auxiliar o posicionamento do fotógrafo e também oferecer medidas para o redimensionamento posterior.

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Folha contendo referência de medidas e posicionamento das tomadas fotográficas (depois de imprimir é necessário medir para atestar a escala!).

Caso deseje baixar o PDF para imprimir em uma folha A3 o usuário poderá fazê-lo no seguinte link: http://www.ciceromoraes.com.br/downloads/OrtogOnBlender/Base_Fotogrametria_Cranio_A3.pdf

Aviso

Depois de imprimir a folha A3 meça as laterais para atestar se as dimensões correspondem aos valores indicados. Pode ser que a configuração da impressão redimensione o documento tornando-o incompatível com as medidas pretendidas.

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Inclinação proposta para as fotografias.

As fotos deverão ser feitas um pouco acima do crânio, com uma inclinação de mais ou menos 17º (Fig. 3).

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Pontos de todas as tomadas fotográficas.

Segundo este protocolo, são necessárias 36 fotografias em torno do crânio, ou seja de 10 em 10 graus (Fig. 4).

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Compatibilidade entre as tomadas fotográficas e as linhas propostas na folha de referência.

Olhando mais de perto, percebe-se que as linhas dos ângulos coincidem com os traçados da folha A3 (Fig. 5).

No entanto, como o fotógrafo saberá que as fotos foram tiradas de 10 em 10 graus?

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Rotação manual da folha entre uma tomada e outra.

Primeiramente, não há a necessidade do fotógrafo se deslocar com a câmera em torno do crânio, por isso mesmo observou-se acima que o ideal para esse tipo de tomada é um fundo infinito.

A câmera pode ficar sobre um tripé na frente do crânio ou mesmo presa pelos mãos. Com as duas mãos pousadas sobre as laterais da folha A3 o fotógrafo pode rotacionar levemente a mesma. Como o crânio estará ao centro ele funcionará como peso e eixo da rotação (Fig. 6).

Aviso

Muito cuidado ao rotacionar a folha, o crânio não pode sair do lugar, sob pena do algoritmo não gerar um bom modelo!

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Aspecto da linha com a tomada fotográfica atual a partir do ponto de vista da câmera.

Naturalmente a seta com o número da foto estará apontando para a câmera criando uma linha reta de cima para baixo, como nos quadros apresentados na figura 7 (Fig. 7).

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Tomadas fotográficas.

As tomadas são efetuadas (Fig. 8) e os arquivos devem ser salvos em um diretório próprio.

Protocolo de Círculo Duplo

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Exemplo de tomada fotográfica dupla.

Para assegurar um bom resultado na obtenção do crânio é feito um círculo extra de fotos (Fig. 9).

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Sugestão de inclinação da tomadada fotográfica complementar.

Se na tomada anterior o ângulo era de 17º, agora ele deverá ser de 45º (Fig. 10).

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Sequência complementar de tomada fotográfica.

As fotos mostram a parte superior do crânio de modo mais amplo (Fig. 11).

Dica

Caso deseje proceder com os testes utilizando as fotos dos exemplos acima, elas estão disponíveis para download no seguinte link: https://goo.gl/jV2YTD