Reconstrução facial da “Virtual Mummy” de 1997

Gif animado desenvolvido durante o projeto, compartilhado na Wikipedia.

For who that speaks in English, please see this link: http://arc-team-open-research.blogspot.it/2012/12/forensic-facial-reconstruction-of.html

Na verdade a tomografia da múmia em questão é muito mais antiga. Ao que parece fora feita em 1991, ou seja, mais de vinte anos!

Escolhi o ano de 1997, pois ele marca a criação do projeto Virtual Mummy, onde dentre outras coisas os estudiosos e artistas da Hamburg-Eppendorf compartilharam uma série de arquivos .MOV interativos, um dos quais, usei para reconstruir a múmia.

O projeto original pode ser visto aqui: http://www.voxel-man.de/gallery/virtual_mummy/

Os links com os arquivos estão disponíveis para download aqui: http://www.voxel-man.de/gallery/virtual_mummy/scenes.html

Não consegui encontrar muitas informações acerca da múmia, apenas que ela tinha mais ou menos 30 anos quando morreu e hoje conta com 2300 anos de existência.

 A técnica utilizada já foi descrita anteriormente nesse link: http://www.ciceromoraes.com.br/?p=430

 Apenas gostaria de deixar registrado que tenho utilizado bastante o Blender nas edições e conversões. Ele tem um editor de vídeo bastante modesto na sua suíte de aplicativos, mas é de grande valia para facilitar a vida do artista.

Descobri um comando chamado crop que “é uma mãe” para a  seleção da área onde se pretende isolar, nesse caso apenas aquela onde aparece a tomografia. 

Uma vez que a área foi isolada bastou renderizar a sequência de imagens e convertê-las em DICOM usando o DCM2IMG.

Estou tendo alguns problemas com esse programa no Ubuntu 12.10, pois algumas bibliotecas de conversão parecem não estar trabalhando bem. No entanto, no Debian, os mesmos arquivos funcionam perfeitamente, ainda que numa versão mais antiga.

 Usei a imagem presente nesse link para fazer o redimensionamento correto do crânio.

Com isso eu já tinha o que precisava para me divertir com a reconstrução facial.

Usei a técnica da russa Lebedinskaya para reconstruir o nariz. É uma forma muito prática de fazê-lo, quando faltam dados na espina nasalis.

Visualização da reconstrução no estilo Gerasimov

No decorrer do processo não houve nada de novo, mas gostei muito desse projeto, pois além de melhorar a técnica de reconstrução já efetivada, também recuperei um pouco da história da tomografia e das produções interativas da década de 1990. Ao modelar a face eu lembrava que em 1997 eu estava recém aprendendo a mexer com o computador e nem era um nerd formado ainda. Felizmente me tornei um e pude investir um pouco do meu tempo nessa empreitada didática e muito, muito divertida!

Grande abraço!


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